APRENDER COM A BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca escolar tem vindo a contribuir a aprendizagem e domínio da leitura, qualquer que seja o seu suporte, e para a promoção de estratégias e atividades de aproximação ao currículo. Procura-se, assim, associar o trabalho da biblioteca ao desenvolvimento do gosto e das competências de leitura, escrita e comunicação, ao desenvolvimento de competências que propiciem novas formas de aprender, interagir e comunicar através dos média, ao uso crítico e informado de recursos e ferramentas, à aquisição integrada de conhecimentos relacionados com a literacia da informação.
Neste contexto, a BIA (Biblioteca Escolar Isabel Alçada) desenvolveu um conjunto de atividades a propósito da obra A Fada Oriana.
Em colaboração com os professores de Português do 2.ºciclo, no âmbito da Educação Literária, os alunos puderam "experimentar" o texto ainda antes de ele ser lido na sala de aula. A partir de um cenário montado para o efeito, percorreram os vários momentos temporais da história, identificando personagens e o papel que desempenham na narrativa, descobrindo o tempo e os espaços da ação. A partir do visionamento de um vídeo, os discentes puderam expressar as suas opiniões relativamente às ações desempenhadas pelos vários intervenientes na história. Por último, realizaram uma ficha de leitura, tendo como suporte o vídeo e o cenário ilustrativo da obra.
CONHECES SOPHIA DE MELLO BREYNER?
A BIA ajuda-te a descobrir quem foi esta autora.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto, filha de Joana Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen. Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região.
Da sua infância e juventude, a autora recorda sobretudo a importância das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever as casas e os objetos dentro delas, dos quais se lembra. Explica isso do seguinte modo: "Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas que desapareceram da minha vida (...). Eu tento «representar», quer dizer, "voltar a tornar presentes» as coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não se perca".
Sabias que esta escritora estudou na Universidade de Lisboa? Entre 1939-1940 estudou Filologia Clássica. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Em 1944 sai, em edição de autor, o seu primeiro livro de poemas, Poesia, título inaugural de uma obra que a torna uma das maiores vozes da poesia do século XX.
Os seus livros estão traduzidos em várias línguas e foi muitas vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana - a primeira vez que um português venceu este prémio importante. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis.
Faleceu a 2 de Julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.
No dia em que se celebrou o centenário do seu nascimento, a 6 de Novembro de 2019, é-lhe concedido a título póstumo o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
DIVERTE-TE A OUVIR UM POUCO DO TEXTO.
Audiolivro da obra "A Fada Oriana" pelos alunos do 5º 1 de Sande, Marco de Canaveses.
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=BjV8sp-TS2w